sábado, 27 de outubro de 2012

SEM MOTIVAÇÃO NÃO SE FAZ EDUCAÇÃO

 Essa semana uma professora de matemática filmada em sala de aula discutindo com alunos foi afastada temporariamente da Escola Municipal Maria Luiza de Melo, em São José. A suposta agressão verbal aconteceu semana passada e veio à público, por meio de um vídeo gravado em sala de aula. O secretário municipal de Educação de São José, Domingos Bergamin, disse que ficou acertado o afastamento da professora com intuito de "preservar a professora e os alunos". Bergamin disse que a professora é uma boa profissional, que nas outras turmas em que dá aula nunca houve reclamações e que neste episódio ela teria exagerado.
 Veja o vídeo da discussão:

                                                   

A crítica

Um dos maiores problemas da Educação no Brasil é a existência de professores desmotivados. A questão salarial e as condições de trabalho são hoje as principais causas da falta de motivação para se trabalhar, fazendo com que os professores se sintam com a auto-estima muito baixa. Os professores têm tarefas múltiplas, trabalham com turmas cheias e com um ganho financeiro que não corresponde a este esforço.
Muitas escolas apresentam péssima infra-estrutura, o que impede uma prática docente de qualidade. O professor acaba descobrindo que a carreira escolhida não lhe traz satisfação pessoal e realização profissional. O pouco apoio e participação das famílias dos alunos também contribuem para a desmotivação do profissional.
O interessante é que para realizar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 se consegue recursos financeiros. Por outro lado, para investir em infraestrutura, educação, segurança e saúde é o mesmo “lenga, lenga” de sempre, afirmam que não há recursos ou os mesmos são insuficientes!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

FILME: MEU NOME É RÁDIO


 
       Anderson, Carolina do Sul, 1976, na escola secundária T. L. Hanna. Harold Jones (Ed Harris) é o treinador local de futebol americano, que fica tão envolvido em preparar o time que raramente passa algum tempo com sua filha, Mary Helen (Sarah Drew), ou sua esposa, Linda (Debra Winger). Jones conhece um jovem "lento", James Robert Kennedy (Cuba Gooding Jr.), mas Jones nem ninguém sabia o nome dele, pois ele não falava e só perambulava em volta do campo de treinamento. Jones se preocupa com o jovem quando alguns dos jogadores da equipe fazem uma "brincadeira" de péssimo gosto, que deixou James apavorado. Tentando compensar o que tinham feito com o jovem, Jones o coloca sob sua proteção, além de lhe dar uma ocupação. Como ainda não sabia o nome dele e pelo fato dele gostar de rádios, passou a se chamá-lo de Radio. Mas ninguém sabia que, pelo menos em parte, a razão da preocupação de Jones é que tentava não repetir uma omissão que cometera, quando era um garoto.


INCLUSÃO: ANÁLISE CRÍTICA

A inclusão tem sido tema de amplas e significativas discussões nos diversos setores da sociedade, em especial no meio educativo. Depois de tanto tempo de silêncio e falta de sensibilidade para com as diferenças, temos presenciado e participado de um grito de basta por parte principalmente de intelectuais da educação comprometidos com uma sociedade mais humana. Hoje o maior desafio da educação é humanizar o homem culturalmente, humanizar este homem desumanizado pelo capitalismo selvagem, o qual prega e estimula sobre tudo o consumismo, a posse, tornando-se incapaz de ver o outro como diferente, no entanto humano, e nesse sentido igual, detentor dos mesmos direitos. O filme nos mostra o poder da atitude humanizada. O técnico Jhones não demonstrou apenas respeito à diferença. É importante destacar que o senhor Jhones presenciou em sua juventude a situação de uma criança deficiente que ficava presa em uma jaula. Relatou em conversa com sua filha que se sentiu frustrado por não ter feito nada naquela época por aquele ser humano que era tratado como bicho na gaiola.

Parece-nos claro que apenas o amor cabe como resposta às perguntas acima, pois, nos faz olhar o mundo através de lentes especiais. O amor ao próximo é a inclusão. Quem ama de verdade quer sempre proteger, apoiar o próximo em suas conquistas, está sempre disposto a se doar. E por falar em amor, o filme retrata a solidariedade de Kened. Que lição a doação dos presentes! É um confronto à sociedade consumista, onde a cada dia milhares de pessoas ditas normais acumulam riquezas incontáveis à custa da força do trabalho alheio, esquecendo do sentido da vida, o amor. O amor dispensado pelo senhor Jhones contagiou a todos, ele foi capaz de humanizar os demais que concordaram em tornar o jovem Kened aluno matriculado na escola e isso com demonstração de respeito e aceitação de fato. A inclusão é fruto do olhar solidário, do olhar que vai além, que vê as camadas populares menos favorecidas, que vê o deficiente físico e/ou mental, o afro descendente, o índio, o branco, etc., como dignos de usufruírem dos recursos produzidos pela sociedade, tais como educação, saúde, lazer...

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

PARABÉNS PROFESSORES

        As bolas de papel na cabeça, os inúmeros diários para se corrigir. As críticas, as noites mal dormidas...  Parece injusto desejar um feliz dia dos professores, quando no dia-a-dia tantas dificuldades nos acontecem. A rotina é dura, mas somos persistentes. Apesar de tudo nosso mundo é alegre, pois conseguimos olhar os olhos de todos os outros e fazê-los felizes.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

NÃO SOMOS CAÇADORES DE TALENTOS

Roberto Gesta de Melo
            A presidenta da república Dilma Rousseff, o ministro  Aldo Rebelo e o presidente da CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo) Roberto Gesta de Melo, acreditam que promovendo provas de salto em distância e corridas de velocidade nas aulas de Educação Física encontraremos os talentos para as Olimpíadas de 2016 no Brasil. Só que eles se esqueceram de perguntar antes aos professores de Educação Física das escolas o que eles acham disso. Entendo que eles não percebem o significado da disciplina Educação Física, não percebem que todos os alunos estão nas escolas para aprender aquilo que é necessário para viver melhor, educar e não valorizar apenas os mais aptos ao esporte. Quando um aluno recebe uma aula de Educação Física, supõe-se que nós professores não vemos nele um futuro atleta, mas um futuro cidadão, que até pode vir a ser um atleta e podendo escolher de forma autônoma a melhor maneira de conduzir bem sua vida individual e social. A escola é lugar de formar cidadãos em primeiro lugar. Cidadão estes que pudessem até virar atletas um dia, graças a uma vida digna, com acesso a uma boa alimentação. Trazer competições internacionais do nível de Copa do Mundo e Olimpíada pra um País com tantas pessoas miseráveis, passando fome, deveria ser proibido pela comunidade internacional.

FAÇA PARTE VOCÊ TAMBÉM DESSA CORRENTE!