O basquetebol em cadeira de rodas
começou a ser praticado nos Estados Unidos, em 1945. Os jogadores eram
ex-soldados do exército norte-americanos feridos durante a 2ª Guerra Mundial. Atualmente,
o Brasil conta com mais de 60 equipes masculina de basquetebol em cadeira de
rodas e 6 equipes femininas. A modalidade é praticada por atletas que tenham
alguma deficiência físico-motora, sob as regras adaptadas da Federação
Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). As cadeiras são adaptadas
e padronizadas, conforme previsto na regra. A cada dois toques na cadeira, o
jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e a
altura da cesta são as mesmas do basquete olímpico.
Classificação dos atletas:
- Cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor e a escala obedece aos números 1, 2, 3, 4 e 4,5.
- Para facilitar a classificação e participação dos atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta (os chamados casos limítrofes) foram criadas classes intermediárias: 1,5; 2,5 e 3,5.
- O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor a classe.
No dia 12 de novembro, de 2012, Eu e
meu colega de estágio, Diego Müller, realizamos uma aula adaptada e
diferenciada, na Escola Emérita, localizada no Município de Biguaçu, com as
turmas 602 e 301, com quem temos trabalhado nos últimos meses o tema Jogos
Paralímpicos.
A nossa aula diferenciada consistiu
em um simples jogo de basquetebol, sendo que os alunos utilizaram uma bola e
várias cadeiras de rodinhas da informática, onde tiveram a possibilidade de
vivenciar e refletir a modalidade e toda a sua envolvente.
O entusiasmo
foi grande. Assim que os alunos eram chamados para sentar nas cadeiras e
participar do jogo, praticamente todos se chegavam à frente e diziam: “Eu
Quero”. Após a experiência, muitos dos alunos revelaram ter tido no começo algumas
dificuldades, mas adoraram a oportunidade de fazer algo que nunca tinham feito.
Com esta aula tivemos,
mais uma vez, a oportunidade de sensibilizar as duas turmas e as suas
respectivas professoras para o esporte adaptado, que está ainda muito pouco
divulgado; bem como refletir sobre as pessoas com deficiências físicas
e a acessibilidade na sociedade.
Esse tipo de trabalho na escola é de grande valor, pois
mostra como podemos superar barreiras. Apesar de se estar utilizando o esporte
propriamente dito, como ferramenta de ensino, a Educação Física trás consigo
aspectos sociais como interação, respeito, companheirismo que muitas vezes só
se vê nas aulas desta disciplina.
Deste modo aqui
fica o meu agradecimento a todas as pessoas que partilharam esta manha comigo e
que tornaram esta aula uma experiência única!
Plano de aula: Basquetebol
Adaptado
Objetivos
de aprendizagem
- Vivenciar o basquetebol sem o recurso de
se levantar da cadeira;
-
Refletir sobre as Pessoas com Deficiências Físicas e a acessibilidade na
sociedade;
-
Perceber o seu próprio corpo;
Conteúdos
1.1.
Esporte
1.2.
Basquetebol para deficientes físicos dos membros inferiores;
1.3.
Acessibilidade dos deficientes físicos na sociedade;
Estratégias
-
5 min. – No inicio da aula perguntaremos para os alunos se conhecem ou se haviam
vivenciado basquetebol para cadeirantes? Explicaremos para os alunos que um time é composto por 5 pessoas
cadeirantes em quadra, e que as cada jogador é identificado por um número
correspondente a sua limitação física, sendo que cada time em quadra não pode
extrapolar o número máximo que é 14. Em seguida, iremos para a quadra,
aonde cada aluno irá se sentar em uma cadeira com rodinhas, para facilitar o
jogo.
- 5 min. – será feito um breve aquecimento, onde os
alunos experimentarão sentados à se locomover com as cadeiras.
- 30 min. – Em seguida, os alunos se dividirão em dois times, onde ambos
terão o mesmo número de jogadores em quadra.
- 5 min. - Para o fechamento a turma irá realizar uma reflexão em grupo
de como foi à experiência de vivenciar a modalidade basquetebol sentado? Se
ouviram as orientações dos colegas? Como foi a experiência de localização
espacial durante a atividade? Quais foram às facilidades e as dificuldades
encontradas no desenvolvimento da atividade? Etc.
Materiais
• Bola;
• Quadra;
• Cadeiras com
rodinhas.
Avaliação
- Instrumento: observação e questionário oral.
- Critérios:
-
reflexão sobre as pessoas com deficiências físicas e a acessibilidade na
sociedade;
-
percepção sobre seu próprio corpo: as
dificuldades e as habilidades necessárias para praticar basquetebol adaptado.
Feraaaa...
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